Castigo

No início da crise que solapou a cidade, a central da boataria fervilhou. Um conhecido boateiro de plantão, que se diz um dos assessores mais chegados ao prefeito RH, espalhava que um até então diretor - seu amigo pessoal - da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima era quem assumiria a presidência do órgão.

Acreditando nisso, tal diretor, no dia 11 de março, teria acordado mais cedo do que o costumeiro - depois de um esforço descomunal -, rumando ao Palácio da Cultura, em seu veículo de duas rodas. Cabelo engomado, rabinho de cavalo "muderno" e camisa social abotoada até o pescoço, o tal diretor teria adentrado ao local, ameaçando os funcionários de demissão, acompanhando a ação da Polícia Federal - que fazia uma incursão ao Deptº Financeiro da Fundação Cultural -, e praticamente "montando" a sua própria equipe.

Horas mais tarde, no mesmo dia, RH anuncia o nome do jornalista Avelino Ferreira para assumir a presidência da FCJOL. E poucos dias depois o Diário Oficial do município anuncia a exoneração do tal diretor, cuja saída foi comemorada com um "já vai tarde".

Eis uma prova contundente de que não se deve acreditar em todos os boatos. E que castigo, às vezes, vem montado a cavalo "mecânico".