segunda-feira, 7 de abril de 2008

Qual a intenção? Só queria entender...

Eu e meus três leitores não somos lá muito bons em contas. Estamos cá tentando entender. Através do blog do professor Roberto Moraes tivemos acesso à prestação de contas da prefeitura, com data de 03/4/2008. Está lá discriminado, por exemplo, que a Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima tem um crédito disponível no valor de R$ 3.268.559,65 (três milhões duzentos e sessenta e oito mil quinhentos e cinquenta e nove reais e sessenta e cinco centavos).

Quer dizer então que a Fundação tem, em caixa, esse orçamento, é isso? Se este raciocínio estiver correto, por que cargas d'água, então, o senhor Ave-Lynus, a Ave de Rapina vai para a "imprensa" (entenda-se por imprensa um único jornal) dizer que não tem verba para trabalhar e que encontrou a FCJOL "totalmente quebrada"? Qual seria a sua intenção?

Gostaria que o professor Roberto Moraes, que entende melhor do assunto, nos explicasse de forma simples e compreensível - afinal, meus três leitores não dispõem de tantos neurônios -, para que todos possamos entender.

Em meus parcos entendimentos, caso a Fundação disponha realmente desse orçamento, então essa é uma prova que Ave-Lynus mente, faz jogo para a galera e é desprovido de uma das características, ao meu ver, essencial ao ser humano: caráter.

4 comentários:

xacal disse...

Pode ser que a dotação orçamentária, o que é sempre uam previsão, sujeita a cortes, mudanças e contingenciamentos, já esteja comprometida...

Veja bem, é apenas uma opinião:

Como o orçamento em todo Brasil é autorizativo, e não impositivo, ou seja, uma Lei de "mentirinha", e em Campos de "mentirona", os meios de fiscalização encontram dificuldades em checar as informações ali descritas...ainda mais quando se tem um legislativo, assim...tão "domesticado"...

As rubricas são apenas referências para "encher lingüiça" e afastar questionamentos...

Esse tipo de demonstrativo generalizado, como foi publicado não especifica o que, onde, quando e para quem foi empenhado e liquidado...

A prestação para suprir qualquer duvida, qualquer contabilista sabe, tem que ser diária...um simples livro de contas correntes...

o que entra e o que sai...

Anônimo disse...

Obrigada, Xacal, pela explicação. Como disse no post, não entendemos patavinas de orçamento. Esse questionamento surgiu após vermos a publicação da prestação de contas (não só da Fundação, como de outros órgãos). Mas não seria o caso, então, de a PMCG demonstrar tb quanto desse orçamento já estaria comprometido?
Concordo com vc: que façam prestações de contas diárias, então, para que a população tenha noção de onde a verba pública vem sendo empregada.

Abs.

Roberto Moraes disse...

Caro Cougar,

O Xacal tem razão em dizer que estas informações são superficiais e estão desencontradas.

Porém, a grosso modo sua interpretação está correta. Na nova tabela divulgada hoje aqui
http://www.campos.rj.gov.br/UserFiles/File/2008/Abril/07-04-2008(1).pdf
também em números redondos a FCJOL tinha orçamento aprovado na LOA (Lei Orçamentára Anual) de R$ 5,6 milhões. Recebeu uma suplementação de R$ 3,3 milhões, teve R$ 547 mil anulados, tem uma dotação anual atualizada de R$ 8,4 milhões, sendo assim sobra R$ 3,2 milhões ainda para gastar.

Uma diferença a ser registrada é entre o orçamentário e o financeiro. Enquanto não entram os recursos da arrecadação dos royalties, Iptu e outros, os ´rgãos gestores municipais podem ter orçamento para gastar, mas não há ainda financeiro para se executar o orçamento. Complicadinho, mas é isso.

Abs,
Roberto Moraes

Anônimo disse...

Obrigado, Xacal e Roberto Moraes. Agora ficou claro pra gente como é que a coisa funciona. Agora vamos ver como é que fica.

Abs cordiais a ambos.